Cinco reais para uma escritora cara de pau!!!
Ousada e cansada de receber duas balas por cada livro vendido, a escritora Tati Bernardi teve uma ideia que alguns podem chamar de insana, mas que com certeza vai agradar muitos fãs.
Lançar um livro sem editora, sem livraria e sem anunciante é uma batalha que muitos escritores travam e poucos conseguem alcançar o sucesso. A Tati já tem muita bagagem e quatro livros lançados. É roteirista de cinema e TV, colunista e redatora. Como contratada da Globo escreve Aline e Amor e Sexo. Já escreveu para as revistas TPM e VIP, e hoje para Viagem e Turismo e Alfa Homem.
E mesmo assim optou por fazer uma vaquinha para lançar o livro e depois disponibilizá-lo gratuitamente em seu site. E ainda quem contribuir pode fazer parte do livro e ter o nome nele. A idéia é super legal e você pode ajudar com apenas R$ 5.00 reais. Saiba mais sobre a vaquinha.
Livros da Tati
Sinopse: Os contos reunidos neste livro tratam do cotidiano de uma mesma personagem: a mulher que não prestava. Geralmente essa mulher é domesticada e não mostra a cara. Mas a da Tati é ousada, sincera, neurótica e indecente. Neste livro você vai encontrar contos românticos, ácidos, mal-humorados e divertidos, e poderá se identificar com essa mulher que não mede as palavras para dizer o que sente. Essas são as múltiplas faces da mulher moderna, que busca equilibrar a vontade de engolir o mundo com a espera do príncipe encantado.
Sinopse: Como engolir o sofrimento diário? Como digerir a rejeição dos colegas? O que fazer quando o próprio corpo é seu maior inimigo? Essas são algumas das perguntas que atorSmentam a vida de Antônia. Em 'A menina da árvore', Tati Bernardi dá voz às angústias de uma adolescente, trazendo para o centro da cena narrativa os dramas da existência de alguém insatisfeito com a própria imagem, que luta para ser aceito por seus pares
Sinopse: De vontades que não podia entender e outras tantas sensações, tão familiares à qualquer um, Tati Bernardi, autora de A Mulher que não prestava, fez nascer Tô com vontade de uma coisa que não sei o que é, uma reunião de crônicas do cotidiano.
Com um humor pontual, marcado pela riqueza de detalhes, alguns deliciosamente sórdidos, Tati consegue transcrever a vida e suas peculiaridades com uma veracidade quase constrangedora. Como quando fala do maldito manobrista que sempre solta pum no carro, ou do homem comum, que pode ser até agradável e divertido quando o assunto é conseguir sexo. Tati fala de amor, solidão, sucesso, sexo e de todas essas coisas de que são feitas as vidas.
Com um humor pontual, marcado pela riqueza de detalhes, alguns deliciosamente sórdidos, Tati consegue transcrever a vida e suas peculiaridades com uma veracidade quase constrangedora. Como quando fala do maldito manobrista que sempre solta pum no carro, ou do homem comum, que pode ser até agradável e divertido quando o assunto é conseguir sexo. Tati fala de amor, solidão, sucesso, sexo e de todas essas coisas de que são feitas as vidas.
Sinopse: Ser aceito pelo mundo, aceitar a si próprio, se sentir incluído, parecer alguém de verdade. Quem não vive ou já viveu esse dilema? Um ET, talvez. Porque Joana, personagem que nasceu na cabeça de Tati Bernardi e escreveu este diário, vive em seu dia a dia o drama de se sentir diferente. Igualzinho às outras meninas da sua idade. Como na obra-prima Flicts, de Ziraldo, ou como em O Estrangeiro, de Camus, temos aqui a história de uma pessoa que tenta encontrar o seu lugar neste mundo. E, em sua trajetória, às vezes pensa que não é deste mundo. Ou que este mundo não tem lugar para ela. Que o mundo seja generoso com Joana e com todas as outras pessoas que nasceram aqui na Terra. Tão generoso quanto Tati está sendo, ao dividir os segredos de Joana com a gente.
Meus textos preferidos da Tati
Vinte e quatro motivos para ir a uma balada gay por uma hetero.
-Em primeiríssimo lugar: são as melhores pra dançar. Tanto pela música quanto pela animação da pista.
-Você nunca vai precisar pagar o mico de inaugurar a pista. Festas gays já estão sempre bombando ainda que você chegue cedo.
-Eles começaram a festejar há mil anos e nunca mais pararam e nem vão.
-Festas gays também nunca acabam, apesar de acabarem sempre em algum lugar ainda mais maluco.
-Só os gays entendem que dançar como uma devassa louca é super divertido e não quer dizer que você está a fim de sexo (muito menos de ser tratada como uma devassa louca).
-Por mais ridículo, insano ou indecente que seja qualquer ato que você cometer, terá sempre alguém fazendo algo pior.
-Se você estiver linda vai causar inveja ao invés de desejo. No fundo, é o que toda mulher prefere.
-Você não precisa ficar na dúvida se o cara é gay. Ele é.
-Se um cara falar que é macho, acredite. Precisa ser macho para ir a uma balada gay.
-Homem idiota briga pra mostrar que é homem (e idiota). Como ali ninguém quer mostrar nada e só se divertir, dificilmente sai porrada. (No máximo uns tapinhas na cara interrompidos quando toca Madonna ou Justin).
-Caminhar um metro sem ter cabelos puxados, ombros cutucados e cintura beliscada é o sonho de qualquer mulher bacana (se você fica contente quando mexem com você na obra você não é bacana e, pior, precisa urgente de um nutricionista).
-As “acéfalas-nasaladas-alisadas-caçadoras-de-namoradinhos-ricos-que-fazem-o-símbolo-de-paz-e-amor-de-ladinho-para-fotos-de-blogs-de-balada-playba” só vão nesses lugares quando estão super deprimidas e costumam vomitar em suas botas de camurça e franginha (e sola vermelha) inviabilizando as mesmas (e você, uma mulher bacana, injustamente mal tratada no colégio por não ser exatamente linda, pode se vingar delas).
-Às vezes, por alguma razão obscura da psique feminina, a sensação de dançar “encoxada” por doze amigos sarados, bem vestidos, cheirosos e felizes, melhora muito a auto-estima, ainda que na cama você termine sempre cercada unicamente por farelos do pacote de Amanditas.
-Estar num ambiente cheio de homens lindos que não te desejam e A CULPA NÃO SER SUA é libertador.
-Ao invés de sair da balada certa (mais uma vez) de que o pai dos seus filhos definitivamente não está numa balada, você já chega na balada com essa certeza. Poupa um tempo precioso.
-É badala pra exorcizar ao invés de ficar pagando de gata. E pagar de gata (empina bunda, chupa a barriga, arrebita os peitos, equilibra no salto, faz cara de mistério…) dá gases.
-Quando você não quer agradar os homens, acaba agradando. Os poucos e valentes (e descolados!) machos da casa certamente vão reparar positivamente em você.
Cadê a tampa da minha panela, o chinelo do meu pé cansado, a metade da minha laranja?
"(...) E chega! Há anos peço o príncipe e só me mandam o cavalo.
(...)Dizem que materializar os sonhos escrevendo ajuda, então lá vai: quero transar com beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem, quero cineminha com encosto de ombro cheiroso, casar de branco, ser carregada no colo, filhos, casinha no campo com cerquinha branca, cachorro e caseiro bacana. Quero ouvir Chet Baker numa noite chuvosa e ter de um lado um livrinho na cabeceira da cama e do outro o homem que amo.
(...)Que a gente brigue de ciúmes, porque ciúmes faz parte da paixão, e que faça as pazes rapidamente, porque paz faz parte
do amor. Quero ser lembrada em horários malucos, todos os horários, pra sempre. Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura.
(...)E quando eu tiver tudo isso e uma menina boba e invejosa me olhar e pensar que "aquela instituição feliz não passa de uma união solitária de aparências" vou ter pena desse coração solitário que ainda não encontrou o verdadeiro amor."
(...)Dizem que materializar os sonhos escrevendo ajuda, então lá vai: quero transar com beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem, quero cineminha com encosto de ombro cheiroso, casar de branco, ser carregada no colo, filhos, casinha no campo com cerquinha branca, cachorro e caseiro bacana. Quero ouvir Chet Baker numa noite chuvosa e ter de um lado um livrinho na cabeceira da cama e do outro o homem que amo.
(...)Que a gente brigue de ciúmes, porque ciúmes faz parte da paixão, e que faça as pazes rapidamente, porque paz faz parte
do amor. Quero ser lembrada em horários malucos, todos os horários, pra sempre. Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura.
(...)E quando eu tiver tudo isso e uma menina boba e invejosa me olhar e pensar que "aquela instituição feliz não passa de uma união solitária de aparências" vou ter pena desse coração solitário que ainda não encontrou o verdadeiro amor."
Entrevista com a Tati
3 comentários:
Oii,nossa eu nem conhecia ela...
É claro que já assisti Aline,mas nunca procurei saber sobre a roteirista!
Já coloquei seu banner no blog,me desculpe não ter te confirmado antes.
Beijos
Aaaaaaaaaah, ela é o MÁAAXIMO! Amooo quase tudo! Só qnd ela fala mal do Rio é que não dá! De resto assino em baixo!
Olá Aline. É bem interessante a idéia de Tati Bernardi, provavelmente outros escritores irão aderir.
Quero aproveitar e lhe convidar para ler “Para o final a contemplação” no meu http://jefhcardoso.blogspot.com
Será um prazer lhe receber.
“Para o legítimo sonhador não há sonho frustrado, mas sim sonho em curso” (Jefhcardoso)
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